quinta-feira, 28 de agosto de 2008

anjobrilhante


Pai nosso meditado

Pai nosso meditado
Criança: pai nosso que estais no céu...
Deus: sim? Estou aqui.
Criança: por favor, não me interrompa, estou rezando!
Deus: mas você me chamou!
Criança: chamei? Eu não chamei ninguém. Estou rezando. Pai nosso que estais no céu...
Deus: aí, você chamou de novo.
Criança: fiz o que?
Deus: me chamou! Você disse: pai nosso que estais no céu. Estou aqui. Como é que posso ajudá-lo?
Criança: mas eu não quis dizer isso. É que estou rezando. Rezo o pai nosso todos os dias, me sinto bem rezando assim. É como se fosse um dever. E não me sinto bem até cumpri-lo...
Deus: mas como podes dizer pai nosso, sem lembrar que todos são seus irmãos, como podes dizer que estais no céu, se você não sabe que o céu é a paz, que o céu é amor a todos?
Criança: é, realmente ainda não havia pensado nisso.
Deus: mas, prossiga sua oração.
Criança: santificado seja o vosso nome...
Deus: espere aí! O que você quer dizer com isso?
Criança: quero dizer... Quer dizer, é... Sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!
Deus: santificado significa digno de respeito, santo, sagrado.
Criança: agora entendi. Mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra
santificado ... "venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu..."

Deus: está falando sério?
Criança: claro! Porque não?
Deus: e o que você faz para que isso aconteça?
Criança: o que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso seria bom que o senhor tivesse um controle de tudo o que acontecesse no céu e na terra também.
Deus: tenho controle sobre você?
Criança: bem, eu freqüento a igreja!
Deus: não foi isso que eu perguntei. Que tal o jeito que você trata os seus irmãos, a maneira com que você gasta o seu dinheiro, o muito tempo que você dá à televisão, as propagandas que você corre atrás, e o pouco tempo que você dedica à mim?
Criança: por favor. Pare de criticar!
Deus: desculpe. Pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso for acontecer tem que ser com aqueles que rezam, mas que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.
Criança: está certo, tens razão. Acho que nunca aceito a sua vontade, pois reclamo de tudo: se manda chuva, peço sol, se manda o sol reclamo do calor, se manda frio, continuo reclamando, se estou doente peço saúde, não cuido dela, deixo de me alimentar ou como muito...
Deus: óptimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos eu e você, mas olha, vamos ter vitórias e derrotas. Eu estou gostando dessa nova atitude sua.
Criança: olha senhor, preciso terminar agora. Esta oração esta demorando muito mais do que costuma ser. Vou continuar: "o pão nosso de cada dia nos daí hoje..."
Deus: pare aí! Você está me pedindo pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedires o pão, lembre-se daqueles que nem conhecem pão. Pode pedir-me o que quiser, desde que me veja como um pai amoroso! Eu estou interessado na próxima parte de sua oração. Continue!
Criança: "perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"
Deus: e o seu irmão desprezado?
Criança: está vendo? Olhe senhor, ele já criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.
Deus: mas, e sua oração? O que quer dizer sua oração? Você me chamou, e eu estou aqui, quero que saias daqui transfigurado, estou gostando de você ser honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?
Criança: acho que iria me sentir melhor se me vingasse!
Deus: não vai não! Vai se sentir pior. A vingança não é tão doce quanto parece. Pense na tristeza que me causaria, pense na sua tristeza agora. Eu posso mudar tudo para você. Basta você querer.
Criança: pode? Mas como?
Deus: perdoe seu irmão, eu perdoarei você e te aliviarei
criança: mas senhor, eu não posso perdoá-lo.
Deus: então não me peças perdão também!
Criança: mais uma vez está certo! Mais do que quero vingar-me, quero a paz com o senhor. Esta bem, esta bem; eu perdôo a todos, mas ajude-me senhor. Mostre-me o caminho certo para mim e meus inimigos.
Deus: isto que você pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. E você como está se sentindo?
Criança: bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca havia me sentido assim! É tão bom falar com deus.
Deus: ainda não terminamos a oração. Prossiga...
Criança: "e não deixeis cair em tentações, mas livrai-nos do mal..."
Deus: óptimo, vou fazer justamente isso, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.
Criança: o que quer dizer com isso?
Deus: deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas sujas, intrigas, fofocas. Abandone a maldade, o ódio. Isso tudo vai levá-lo para o caminho errado. Não use tudo isso como saída de emergência!
Criança: não estou entendendo!
Deus: claro que entende! Você já fez isso comigo várias vezes. Entra no erro, depois corre me pedir socorro.
Criança: puxa, como estou envergonhado!
Deus: você me pede ajuda, mas logo em seguida volta a errar de novo, para mais uma vez vir fazer negócios comigo!
Criança: estou com muita vergonha, perdoe-me senhor!
Deus: claro que perdoo! Sempre perdoo a quem está disposto a perdoar também, mas não esqueça, quando me chamar, lembre-se de nossa conversa, medite cada palavra que fala! Termine sua oração.
Criança: terminar? Há, sim, "amém!"
Deus: o que quer dizer amém?
Criança: não sei. É o final da oração.
Deus: você só deve dizer amém quando aceita dizer tudo o que eu quero, quando concorda com minha vontade, quando segue os meus mandamentos, porque amém! Quer dizer: assim seja, concordo com tudo que orei.
Criança: senhor, obrigado por ensinar-me esta oração e agora obrigado por fazer-me entendê-la.
Deus: eu amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, quer ser livre do pecado. Abençoo-te e fica com minha paz!
Criança: obrigado, senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.